jul 06, 2017 HELICÓPTEROS 0
Aeronaves de Asas Rotativas
A Federação Aeronáutica Internacional (FAI) estabeleceu uma classificação oficial para os engenhos voadores, incluindo também os satélites artificiais, baseando-se na forma como são obtidas a sustentação e a tração. Desta forma, as aeronaves são classificadas em mais leves, tais como os balões e os dirigíveis, e mais pesadas que o ar, tais como foguetes, aeronaves de asas fixas e aeronaves de asas rotativas. De acordo com a FAI, tem-se os seguintes tipos de aeronaves de asas rotativas:
Autogiros, Giroplano ou Girocópteros
Nos autogiros o rotor produz apenas a sustentação. Para que o rotor gire, é necessário que a aeronave esteja em translação. A tração é obtida por um outro meio, normalmente uma hélice propulsada por um motor alternativo. O autogiro não possui asas. Desta forma, o escoamento de ar, ao passar pelo rotor, fornece a energia necessária à rotação, produzindo sustentação.
Exemplo de um autogiro.
Combinado
O tipo combinado é uma aeronave intermediária entre o helicóptero e um avião. O rotor e a asa geram a sustentação necessária ao voo da aeronave. A tração é obtida por uma hélice, que é propulsada por um motor. O escoamento de ar, ao passar pelo rotor, fornece a energia necessária à rotação, produzindo sustentação.
X-3 da Airbus
Helicóptero
Nos helicópteros o rotor (ou rotores) produz ao mesmo tempo a sustentação e a tração. A potência é fornecida ao rotor através de uma caixa de transmissão, gerando uma força aerodinâmica R que é perpendicular ao plano de rotação do disco do rotor. A inclinação desta força R produz duas componentes: a sustentação, que procura equilibrar a força peso, e a tração, que está na direção do vetor velocidade e que impulsiona o helicóptero. O motor, ao fornecer potência ao rotor, gera um torque de reação que deve ser equilibrado pelo rotor de cauda.
Helicóptero EC-135
Convertiplano
No convertiplano os rotores, apesar de possuírem diâmetros menores do que um rotor normal de helicóptero gera a sustentação necessária à decolagem e ao pouso vertical da aeronave. Após a decolagem no modo helicóptero (ângulo de 90o), os rotores, que são fixados à extremidade de uma asa fixa, gradativamente se inclinam (modo conversão) até um ângulo de 0o para frente, funcionando a partir desta posição como uma hélice de um avião (modo turboélice), gerando a tração necessária ao deslocamento horizontal. Durante a fase de transição do vôo pairado para o translado, a sustentação passa pouco a pouco a ser gerada pela asa, à medida que se ganha velocidade.
BA-609 da Bell
Considerações
Dentre estes diferentes tipos de asas rotativas, o helicóptero é a aeronave que apresenta os melhores desempenhos para decolagens e pousos verticais, sendo capazes de movimentarem grandes quantidades de carga útil, com relativa economia de combustível. Entretanto, os desenvolvimentos recentes estão transformando o convertiplano na aeronave de asas rotativas que melhor se adapta a um perfil de vôo delimitado por deslocamentos a grandes distâncias, superiores a 300 km, associado à necessidade de se decolar e pousar em heliportos pontuais.
Partes Constituintes de um Helicóptero:
As figuras a seguir apresentam as principais partes de helicópteros modernos. O estudo detalhado de cada parte e dos sistemas dos helicópteros serão tópicos dos futuros posts que apresentaremos em breve. No momento, trata-se apenas de uma apresentação simplificada dos principais componentes de um helicóptero.
Conjunto rotor principal (pás e cabeça do rotor)
Caixa de Transmissão Principal de um Helicóptero
Caixa de Transmissão do Rotor de Cauda de um Helicóptero
ago 03, 2024 1
jan 20, 2024 0
out 10, 2021 0
out 10, 2021 0
out 09, 2021 0
out 08, 2021 0
jun 27, 2017 0
jun 24, 2017 0
• Os cursos têm a finalidade de proporcionar e manter os conhecimentos e a proficiência já requerida para a manutenção segura dos helicópteros em geral para que o curso se refere.
• Contribuir com a democratização de conhecimentos e de ferramentas que favoreçam o desenvolvimento de competências e habilidades/capacidades de manutenção de helicópteros visando assegurar níveis máximos de segurança de voo.
• Criar condições de atitude e de compreensão técnica por parte de cada participante, da importância e da visão e do raciocínio estratégico sobre a segurança das operações com helicópteros.
• Possibilitar o conhecimento técnico dos principais sistemas e componentes dos helicópteros e da sua forma de operação segura bem como a preocupação com a sua manutenção e suas inspeções diárias e programadas.
• Criar condições para adoção de uma atitude pessoal de autocrítica permanente em busca da segurança de voo, através de reciclagens periódicas e de uma consciência aeronáutica sempre presente.