abr 29, 2017 HELICÓPTEROS, NOVIDADES 0
O rotor principal dos helicópteros AS 350 e AS365 fabricados no Brasil pela Helibrás, continua sendo até os dias de hoje uma inovação da tecnologia em materiais. Quem já trabalhou como mecânico de helicópteros sabe muito bem a importância de manter os rolamentos da cabeça do rotor sempre bem lubrificados. Isso acontecia a cada 25 horas de voo e muitas vezes, antes mesmo de completar este tempo. Era um tal de mecânico correndo com a engraxadeira todas as vezes que o helicóptero pousava.
STARFLEX Instalada no AS-350 ESQUILO
Com o desenvolvimento dos materiais conjugados, a Airbus investiu pesado na fabricação das peças vitais da cabeça do rotor e na fabricação das pás em materiais conjugados. Isto trouxe vários benefícios: maior segurança; baixo desgaste do material, logo maior vida útil (a prova de falhas – failsave); grande resistência a fadiga dos materiais; diminuição do peso da cabeça; menor quantidade de peças para compor a cabeça; baixo índice de manutenção; maior economia com troca de peças; e o mais importante para o mecânico: nenhuma lubrificação convencional nas articulações, logo não necessita de graxa.
Quando tratamos com material conjugado, há várias alternativas para lubrificar as partes móveis como filmes de teflon, ertacetal, deformações de elastômeros no lugar de rolamentos, etc. Observe a cabeça do rotor na figura acima: note que a parte central é uma estrela de fibra de vidro com uma parte central mais grossa e um afinamento nas pontas. Este afinamento permite o batimento das pás. Um mancal esférico laminado (MEL), próximo a alavanca de comando de passo, permite, por cisalhamento do elastômero, a mudança de passo, o batimento e o avanço e recuo das pás. Os adaptadores de frequências nas pontas dos punhos, que também são de fibra de vidro, permitem, por cisalhamento do elastômero, o avanço e recuo das pás provocado pelo batimento. Isto mostra que a cabeça do rotor starflex é provida de todos os movimentos como uma cabeça de rotor articulada.
Adaptadores de frequência nas pontas da estrela.
Entretanto, se você observar detalhadamente a sua construção, verá que ela é uma cabeça de construção semi-rígida. Veja que não há articulações entre os punhos e as pás. Esse tipo de construção não convencional de cabeça denominada de cabeça “Starflex”. O nome é derivado da estrela central cujas pontas são flexíveis. Num futuro próximo, a nossa revista MECÂNICOS DE PLANTÃO trará uma reportagem completa sobre a construção e funcionamento da cabeça de rotor “Starflex”.
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• Os cursos têm a finalidade de proporcionar e manter os conhecimentos e a proficiência já requerida para a manutenção segura dos helicópteros em geral para que o curso se refere.
• Contribuir com a democratização de conhecimentos e de ferramentas que favoreçam o desenvolvimento de competências e habilidades/capacidades de manutenção de helicópteros visando assegurar níveis máximos de segurança de voo.
• Criar condições de atitude e de compreensão técnica por parte de cada participante, da importância e da visão e do raciocínio estratégico sobre a segurança das operações com helicópteros.
• Possibilitar o conhecimento técnico dos principais sistemas e componentes dos helicópteros e da sua forma de operação segura bem como a preocupação com a sua manutenção e suas inspeções diárias e programadas.
• Criar condições para adoção de uma atitude pessoal de autocrítica permanente em busca da segurança de voo, através de reciclagens periódicas e de uma consciência aeronáutica sempre presente.